* Keep going down for english
Ah! A Islândia! Que país fantástico! É impossível colocar
em palavras toda a beleza, a riqueza e o encanto deste lugar, mas eu vou tentar
me aproximar o máximo que puder.
O avião sobrevoava uma terra vasta, porosa e inabitada,
quase como se sobrevoássemos um outro planeta. Eram 8:20 da manhã, o dia estava
deslumbrante e o sol aos poucos nascia no mar. Nós alugamos um carro e já
começamos a visitar Reykjanes, uma península no sudoeste. Passamos por vilas
pacatas de frente para o mar. Nos agasalhamos bem e andamos pela linda costa.
Dirigimos por paisagens magníficas, andamos até o topo de uma pequena montanha,
de onde pudemos apreciar o lindo azul do mar que mergulhava fortemente sobre a
terra, fazendo contraste com as negras areias vulcânicas. Não muito longe, uma fumaça
branca e densa emergia de pequenas poças de água fervente e um forte cheiro
predominava. Uma placa alertava os turistas, a temperatura da água era entre 80
e 100 graus celsius!
A Islândia está localizada exatamente em cima de duas
placas tectônicas, cujo movimento (o mesmo que criou o oceano atlântico) está
aos poucos dividindo o país ao meio, mais precisamente em uma velocidade de 2
centímetros por ano. A ponte que ligava as duas partes da rachadura tinha uma
placa que, brincando, dizia que de um lado estava os Estados Unidos e do outro
a Europa! Algumas pessoas provavelmente não entenderam ou não gostaram da
brincadeira, já que tinham marcas de tiros na parte que mencionava os Estados
Unidos.
Chegamos então à capital do país, a charmosa cidade de Reykjavík.
Lá fomos para a casa da Margarita e de sua filha Marley, de 5 anos. A Margarita
é uma polonesa e está morando na Islândia há 5 anos. Passamos juntos uma noite
muito agradável.
Em outro dia lindo, nós dirigimos pelo chamado círculo de
ouro, em uma região próxima à Reykjavík. É incrível como o paisagem muda completamente
apenas alguns quilômetros da capital, e que paisagem! É algo realmente difícil
de colocar em palavras. O sol permanece baixo durante o dia inteiro, o que dá
um eterno ar de pôr do sol e deixa tudo com uma cor avermelhada. Montanhas
alaranjadas que pareciam feitas de ouro, terras rochosas parcialmente
congeladas e lagos azuis brilhantes decoravam o caminho.
Em uma das regiões de águas termais, as temperaturas eram tão
altas que formavam uma espécie de caldeira, que explodia jogando a água a quase
100 metros do chão, realmente inacreditável. E as lindas cores do outono
contribuíram para que o lugar parecesse de fato irreal. Não muito longe, uma
cachoeira admirável mostrava a sua força, capaz de criar um forte arco-íris e a
cratera de vulcão enorme com um lago em seu interior fechou o trajeto com chave
de ouro. Apesar desta rota ser muito popular, não havia muito movimento nesta
época do ano, o que deu um charme diferente.
Jantamos com a Margarita a noite e conversamos bastante
enquanto esperávamos o melhor horário para ir à caça da Aurora Boreal. Apesar
de a previsão ser bem baixa, decidimos arriscar. Na ponta extrema da península,
ao lado de um farol, o vento batia forte e as luzes da cidade já não brilhavam
tanto. Depois de alguns minutos dentro do carro com o aquecedor ligado,
avistamos uma mancha esbranquiçada no céu. Pensamos: Será isso? Ou será uma
nuvem? Mas aos poucos a mancha ganhou uma cor esverdeada que nos fez ter
certeza de que era isso mesmo. Com a cor cada vez mais forte e os movimentos
mais visíveis, nós apreciamos este fascinante fenômeno acontecer e se evanescer
com a mesma naturalidade com a qual apareceu. É realmente um espetáculo
encantador que faz refletir quem tem o prazer de presenciá-lo.
Montanhas douradas e um mar azul nos guiaram até a
magnífica península do oeste. Chegando lá fomos recebidos por majestosos penhascos
com enormes rachaduras, grandiosos vulcões e montanhas tão avermelhadas que
pareciam prestes a explodir! Na extremidade oeste da península, um imenso glaciar
de frente para o mar exibia o seu esplêndido pico branco. Quando voltávamos,
vilas costeiras que vivem da pesca nos lembraram que ainda estávamos neste
planeta, apesar de até elas parecerem irreais. Montanhas brancas apontavam ao
fundo de pequenos musgos verde claros que nasciam entre terras rochosas
escuras, o que fazia o visual ainda mais surpreendente.
Começamos então, pelo sul, a nossa volta à ilha. O mapa
continha os nomes de pequenas vilas, mas muitas não passavam de 20 casas no
meio daquela natureza imensa. Uma das pequenas cidadezinhas ficava em uma
região termal, onde as águas eram captadas para o aquecimento das casas e estufas
foram construídas para a produção de frutas e verduras, aproveitando o calor
natural. Dirigimos pela costa e por soberbas paisagens. Uma cachoeira no
caminho tinha uma queda de 60 metros, que combinada com mais um dia lindo
resultou em um dos arco-íris mais maravilhosos que já vimos! Subimos até o seu
topo e caminhamos por uma espécie de cânion, por onde a água passava antes de
chegar à cachoeira, de lá pudemos avistar o enorme glacial responsável por toda
aquela água maravilhosa! Com o sol brilhando, não precisamos nem mencionar o
quão belo foi tudo isso. Era noite quando pegamos uma estrada de chão até um
albergue no meio do nada! Lá, conhecemos viajantes muito legais, cozinhamos o
jantar e aproveitamos o clima do lugar. Tentamos a Aurora Boreal novamente, sem
sorte e com muito frio!
Uma trilha de cerca de 1 hora nos levou até o topo de uma
montanha de onde pudemos avistar uma imensidão branca, pequena parte do maior glaciar
do país. A vista era tão fantástica que parecia que olhávamos para uma pintura.
A água congelada em uma enorme quantidade era branca como a neve e descia do
topo das montanhas em uma espécie de cascata até a sua base.
Poucos quilômetros depois, ainda beirando o enorme glaciar,
avistamos um grande lago de icebergs azul turquesa, formado pelo seu degelo.
Este lago escoava para o mar, apenas alguns metros dali, e imensas pedras de
gelo flutuantes vinham de encontro às ondas, que faziam contraste com a negra
areia da praia. Um espetáculo ao vivo! Andamos pela areia, brincando entre brancas
pedras de gelo. Uma linda cidadezinha chamada Höfn era situada entre o mar e as
montanhas cobertas de neve e foi o lugar perfeito para passar a noite.
Seguindo viagem em direção ao oeste nós dirigimos por
lindos fiordes. A neve já aparecia mais frequente, acumulada no topo de
montanhas que tinham formato de trapézio. Pequenas vilas na base das montanhas
e de frente para o mar coloriam a paisagem. Paramos em uma delas, chamada Egilsstaðir,
onde passamos a noite em uma pousada muito aconchegante. A dona era uma senhora
islandesa muito simpática. Nós a convidamos para jantar conosco, o que foi
muito legal, já que pudemos ouvir um pouco da história de vida dela e também os
problemas que a crise tem trazido para o país de forma geral. Mais tarde ela
nos trouxe uma sobremesa muito gostosa! Nós lemos um pouco dos livros sobre a Islândia,
aproveitamos o clima delicioso e a vista de tirar o folego enquanto íamos para
o lado de fora de 15 em 15 minutos à espera da Aurora Boreal. Ela acabou
aparecendo, mas pequena e entre nuvens.
Nós cruzamos uma grande cadeia de montanhas inteiramente
cobertas de neve e passamos longos caminhos brancos até avistar o deslumbrante
lago Mývatn,
uma região muito bela, com enormes vulcões emergindo da terra, alguns
totalmente brancos, outros com apenas o pico à vista, já que ainda emitiam
calor capaz de derreter o gelo. Em um deles, uma fumaça saía de baixo de uma
grossa camada de neve, realmente esplêndido! Águas borbulhantes formavam desde
pequenas poças até grandes lagos azul claros, as formações vulcânicas eram
grandiosas e vastas e uma fumaça branca podia ser avistada de todo lado. Andamos
por caminhos cobertos de neve, entre árvores já sem folhas enquanto
aproveitávamos o eterno pôr-do-sol.
Ficamos em uma pousada um pouco afastada. O dono recebeu o
pagamento e foi embora. Nós passamos a noite sozinhos neste enorme lugar no
meio do nada! Aproveitamos para relaxar, ler mais livros sobre a Islândia e
cozinhar na hot tub. Não satisfeitos,
fomos visitar pela manhã uma caverna com águas termais. Trocamos de roupa
dentro do carro, ansiosos para dar um mergulho, mas chegando lá a água estava
tão quente que não conseguimos nem colocar a mão dentro! É o que acontece
quando é natural, a temperatura não é necessariamente adequada para banho! Mas
ver aquilo foi espetacular! Uma caverna escondida de formação natural, no meio
de um monte de neve e árvores sem folhas e com uma água tão transparente e tão
quente dentro? Foi de fato fascinante!
Voltamos então ao couchsurfing e à mais uma experiência
fantástica! A Myriam, seu marido Ingimar e seus lindos filhos moram e têm uma
pousada em um lugar encantador, chamado skeið. Fica localizado no meio de um vale, a 20 km da cidade mais
próxima! Aos arredores via-se apenas uma natureza exuberante! Nós ficamos lá 3
dias só lendo, relaxando, admirando a paisagem e as temperaturas negativas,
claro que do lado de dentro! Fizemos uma trilha até um lago próximo, mas
chegando lá, cadê o lago? Totalmente congelado! Nós não arriscamos andar por
cima dele, mas acho que seria possível! Cozinhamos, conhecemos a família,
conversamos sobre viagens e sobre vida na Islândia, simplesmente magnífico!
Passamos mais uma noite indo para
fora de 15 em 15 minutos à busca da Aurora Boreal. Em uma das saídas, já
desmotivados, a avistamos não apenas em um único ângulo, mas espalhada pelo céu
inteiro! Ela se mexia e ganhava formas. As cores mudavam de verde para rosa em
alguns pontos. Assistimos esta magnífica dança durante cerca de 15 minutos e
quase viramos uma pedra de gelo! Mas que espetáculo! Que coisa fascinante,
maravilhosa! Realmente difícil achar elogios que a descrevam.
Deixamos o vale muito relaxados e renovados! Como se
tivéssemos acabado de sair de um spa. Seguimos para a pequena cidade de Saudarkrokur. Mas durante uma
conversa descontraída, ao subir uma ladeira, o carro começou a deslizar
levemente. Em fração de segundos, achamos estranho, olhamos ao redor e vimos dois
carros parados na pista e o barranco dos dois lados da pista. Assustados,
imediatamente decidimos parar o carro!! Deslizando do jeito que estava, o carro
poderia facilmente girar e rolar o barranco! Mas pergunta se o carro subia de
novo? A pista estava totalmente congelada! Ficamos muito assustados! Notamos
que um dos carros parados subiu muito devagar o restante da pista, o que não
conseguimos fazer, e que o outro entrou em um recuo na parte de baixo da
ladeira. Nós estávamos quase no topo, mas como para cima não tinha jeito,
começamos a tentar descer de ré, muito devagar, freando a cada meio metro e
mesmo assim o carro deslizava. Cerca de meia hora depois, ainda estávamos longe
da parte de baixo e cada vez com mais medo, já que estava muito frio, muito
vento e muitos carros passavam deslizando na pista muito perto de nós. Foi
neste momento que um senhor muito legal vestindo um macacão e dirigindo uma
caminhonete 4x4 estacionou na nossa frente e desceu com os pés deslizando na
pista até o nosso carro. Ele falou que poderia nos puxar e nós, claro,
aceitamos! Com aquele uniforme, ele devia saber o que estava fazendo. Ele então
deslizou para cima, tirou uma corda enorme do carro, deslizou para baixo e
deitou no gelo para prender o nosso carro. O vento e o frio eram tão grandes
que nós não conseguíamos nem abrir a porta e o espelho externo do carro
congelou! Mas ele nos puxou para cima, passou o topo e nos deixou no início da
descida. Também estávamos com medo de descer, mas tínhamos que tentar. Mas aquele
lado da estrada já não estava tão ruim e nós seguimos devagarinho. Nós
estávamos tão nervosos que acho que nem agradecemos o suficiente aquele senhor
tão gentil.
Chegamos na casa da Annika e do Grétar ainda tremendo, mas
eles nos receberam tão bem que nós logo esquecemos tudo. Nós fomos jantar
juntos na casa dos pais do Grétar, onde comemos um prato tradicional, um
ensopado de vegetais com carne de ovelha, que foi muito bom! Em outro dia fomos
visitar a fábrica de couro de peixe, onde o pai do Grétar trabalhava. Que
experiência legal vivenciar um pouco do dia a dia deles. Chovia muito em um dos
dias e nós decidimos ir à uma piscina de água quente natural ali perto. Não
estava tão quente, novamente porque era natural, mas foi muito legal e
relaxante. Aproveitamos jantas muito gostosas com a Annika, o Grétar e sua
linda filhinha de 1 ano e meio.
Chegara a hora de fechar a volta à ilha. Nós dirigimos,
então, por um lindo caminho de volta à Reykjavík, onde passamos mais dois dias
com a Margarita! Nós tivemos jantares muito agradáveis e divertidos e ela
cozinhou os famosos dumplins
poloneses, que delícia!!!
No último dia, como despedida, nós visitamos uma cidade
próxima, onde fizemos uma trilha de uma hora até um rio quente. No caminho
passamos por muita fumaça, lagos borbulhantes e montanhas cobertas de musgo,
que crescia onde passava o vapor quente! Algumas partes do rio eram muito
quentes, outras geladas, mas nós conseguimos achar uma temperatura
intermediária onde pudemos tomar um bom banho quente!!! E que banho!!! Que
delícia poder ficar do lado de fora de forma tão agradável e apreciar aquela
paisagem maravilhosa! Ficamos cerca de uma hora cozinhando! Descemos o vale bem
quentinhos nos quase 0 graus, jantamos com a Margarita e no dia seguinte era
hora de seguir em frente! Dirigimos para o aeroporto às 9:20 da manhã com o sol
nascendo, exatamente uma hora mais tarde do que duas semanas antes, incrível!
Ah! Esse país vai deixar saudades! Que experiência formidável!
Nós aprendemos tanto sobre a história e os costumes do país, fora a
oportunidade de ver tanta beleza. Podemos dizer que somos pessoas diferentes
depois desta viagem, ou pelo menos cheiros desagradáveis se tornaram uma coisa
boa, porque querem dizer paisagens maravilhosas por perto!!! O lado bom da
nossa despedida é que o fim da Islândia significa o início do Marrocos, nosso
próximo destino! =)
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Ah!
Iceland! What a fantastic country! It is impossible to put into words all the
beauty, richness and charm of this place, but we'll try to get as close as
possible to it.
The plane
flew over a vast land, porous and uninhabited, almost as if we were flying over
another planet. It was 8:20 in the morning, the day was gorgeous and the sun
was rising slowly from the sea. We rented a car and start visiting Reykjanes, a
peninsula in the southwest. We went through sleepy villages facing the sea. We
put all our warm clothes on and walked the beautiful coast. We drove by
magnificent views, walked to the top of a small mountain, where we enjoyed the
beautiful blue sea that would hit heavily against the land, making a contrast
with the black volcanic sands. Not far away, a dense white smoke emerged from
small ponds of boiling water and a strong smell prevailed. A sign alerted
tourists, the water temperature was between 80 and 100 degrees celsius!
Iceland is
located exactly on top of two tectonics plates and its movements (the same that
created the Atlantic Ocean) are gradually dividing the country in half, more
precisely at a rate of 2 centimeters per year. The bridge connecting the two
sides of the crack had a sign that was kidding that United States was in one
side and Europe on the other! Some people probably did not understand or did
not like the joke, as it had bullet holes in the part that mentioned the United
States.
We drove
then to the country’s capital, the charming city of Reykjavík. There we stayed with Margarita and
her 5-year-old daughter, Marley. Margarita is Polish and has been living in
Iceland for 5 years. We spent a very pleasant evening together.
On another
beautiful day, we drove around the route called golden circle, in a region
close to Reykjavík.
It's amazing how the landscape changes completely just a few kilometers from
the capital, and what a landscape! It's really hard to put it into words. The
sun remains low throughout the day, giving a feeling of an eternal sunset and making
everything look reddish. Orange mountains that seemed to be made of gold, a
rocky land and partially frozen bright blue lakes decorated the way.
In one of
the hot springs region, the temperatures were so high that formed a sort of boiler,
which exploded every few minutes, throwing water nearly 100 meters above the
ground, really unbelievable. And the beautiful autumn colors contributed to make
the place seem unreal. Not far away, an admirable waterfall showed its strength
creating a strong rainbow and, on the way back, a huge volcanic crater with a
lake inside was the perfect closure to that day trip. Although this route is
very popular, there weren’t many people this time of the year, which gave it a
different charm.
We had
dinner with Margarita and talked a lot while we waited for the best time to go
hunting the Aurora Borealis. Despite the forecast saying chances were quite
low, we decided to risk it. At the extreme tip of the peninsula, beside a
lighthouse, the wind was blowing hard and the lights of the city weren’t that
bright anymore. After a few minutes in the car with the heater on, we saw a light
white stain in the sky. We thought: Is that it? Or is it a cloud? But the stain
gradually gained a greenish color that made us sure that was it. With the color
getting stronger and the movements more visible, we appreciated this fascinating
phenomenon happen and slowly go away with the same naturalness with which it
has appeared. It really is a stunning spectacle that does make wonder who has
the pleasure to witness it.
Golden
mountains and the blue sea led us to the magnificent peninsula of the west. Once
there, majestic cliffs with huge cracks, many volcanoes and red mountains that
seemed about to explode greeted us! At the western end of the peninsula, an
immense oceanfront glacier showed off his splendid white peak. When we
returned, coastal fishing villages reminded us that we were still on this
planet, although they still seemed unreal. White mountains pointed on the
background, while on both sides of the road, bright green mosses grew on a dark
rocky land, which made the look even more amazing.
We started
then going south, on our way around the island. The map contained names of
small villages, but many were only 20 houses in the middle of an immense
nature. One of the small towns was in a hot springs area, where the waters were
captured for heating houses and greenhouses were built for the fruits and
vegetables production, taking advantage of the natural heat. We drove along the
coast and superb landscapes. A waterfall on the way had a drop of 60 meters,
which combined with another beautiful day resulted in one of the most beautiful
rainbows we've ever seen! We climbed up to the top and walked through a sort of
canyon, where the water passed before reaching the waterfall, there we could
spot the huge glacial responsible for all that wonderful water! With the sun
shining, we don’t even need to mention how beautiful it all was. It was night
when we drove through a dirt road to a hostel in the middle of nowhere! There,
we met some nice travelers, cooked dinner and enjoyed the atmosphere of the place.
We tried the Aurora again with no luck and freezing cold!
A hike of
about 1 hour took us to the top of a mountain where we could spot a white
immensity, small part of the country's largest glacier. The view was so
fantastic that it seemed that we were looking at a painting. A huge amount of
frozen water white as snow formed a kind of cascade from the top of the
mountains to its base.
A few
miles later, still going around the huge glacier, we saw a great lake full of
icebergs formed by its melting. This lake drained into the sea, just a few meters
away, where huge chunks of floating ice would come against the waves, making a
contrast with the black sand beach. A live performance! We walked through the
sand, playing among the huge white ice cubes. A beautiful town named Höfn
was situated between the sea
and the snow-capped mountains and was the perfect place to spend the night.
Continuing
the trip to the west we drove by beautiful fjords. The snow appeared more
frequently, accumulated on the top of mountains that had trapezium format.
Small oceanfront villages at the base of the mountains colored the landscape.
We stopped at one of them, called Egilsstaðir,
where we spent the night in a very cozy guesthouse. The owner was a very friendly
Icelandic lady. We invited her to join us for dinner, which was really cool,
because we could hear a bit of her life story and also the problems that the
crisis has brought to the country in general. Later she brought us a very tasty
dessert! We read some books about Iceland, enjoyed the great atmosphere and
breathtaking view while going outside every 15 minutes looking for the Aurora
Borealis. It appeared, but small and between clouds.
We crossed
a great mountain range entirely covered with snow and went through long white
roads until reach the stunning Lake Mývatn,
a very beautiful region, with huge volcanoes emerging from the earth, some all
white, others with only the peak in sight, as it still emitted heat that melted
the ice on top. In one of them, a smoke came out from under a thick layer of
snow, really splendid! Bubbling water formed from small ponds to large bright
blue lakes, volcanic formations were great and vast and the white smoke could
be seen from everywhere. We walked along paths covered with snow and trees with
no leaves, while enjoyed the eternal sunset.
We stayed
in a hostel a bit away from the lake. The owner received the payment and left.
We spent the night alone in this huge place in the middle of nowhere! Of course
we took the opportunity to relax, read more books about Iceland and get cooked
in the hot tub. Not satisfied, we visited a cave in the morning with hot water
inside. We changed clothes in the car, eager to take a dip, but getting there the
water was so hot that we couldn’t even put the hand inside! This is what
happens when it is natural, the temperature is not necessarily suitable for
swimming! But just to see what was spectacular! A hidden cave of natural
formation, amidst a lot of snow and trees without leaves and with a clear and
so warm water inside? It was really fascinating!
We then returned
to couchsurfing and to another fantastic experience! Myriam, her husband Ingimar
and their beautiful children live and have a guesthouse in a lovely place
called skeið. It is located in the north of the country, in the middle of a
valley, 20 km from the nearest town! The surroundings were only an exuberant
nature! We stayed there for three days just reading, relaxing and admiring the
landscape and the negative temperatures, inside the house, of course! We hiked
up to a nearby lake, but getting there, where's the lake? Completely frozen! We
did not risk walking over it, but I think that would be possible! Cooking,
meeting the family, talking about travels and life in Iceland, simply
magnificent!
We spent
another night going out every 15 minutes in search of the Aurora Borealis. In
one of the exits, already unmotivated, we not only sighted it on a single
angle, it was spread across the entire sky! It moved and changed the format.
The colors altered from green to pink in some spots. We watched this
magnificent dance for about 15 minutes and almost turned into an ice cube! But
what a sight! That is really fascinating, wonderful! It’s really hard to find words
to describe it.
We left
the valley very relaxed and refreshed, as if we had just stepped out of a spa!
We went to the small town of Saudarkrokur. But during a tranquil conversation,
when climbing a hill, the car began to slide slightly. In a split second, we found
it strange, looked around and saw two cars stopped on the way and the cliffs on
both sides of the road. Frightened, we immediately decided to stop the car!
Sliding the way it was, the car could easily rotate and roll down the ravine!
But ask us if the car went up again? The road was completely frozen! We were
very scared! We noted that one of the stopped cars went up very slowly the rest
of the hill, what we could not do, and the other went into a exit at the bottom
of the hill. We were almost at the top, but as there was no way up, we started
trying to go down very slowly, breaking every half-meter and the car still
slid. About half an hour later, we were still far from the bottom and becoming
more fearful, since it was very cold, windy and many cars passed sliding on the
road very close to us. It was then that a very nice man wearing overalls and driving
a 4x4 truck parked in front of us and came down with his feet sliding on the road
until our car. He said he could pull us and we, of course, accept! With that
uniform, he should know what he was doing. He then slid up, took a huge rope from
the car, slid down and laid on the ice to put it on our car. The wind and cold
were so huge that we could not even open the door and the mirror outside the
car was frozen! But he pulled us up, went through the top and left us at the
beginning of the descent. We were also afraid to go down, but we had to try.
But that side of the road was not so bad and we kept going slowly. We were so
nervous that I think we didn’t even thank enough that kind man.
We arrived
at Annika and Grétar’s house still shaking, but they welcomed us so well that
we forgot everything in no time. We went for dinner together at Grétar’s parents
house and had a traditional dish, a vegetable stew with lamb, which was very
good! On another day we visited the fish leather factory where Grétar’s father
worked. It was so nice to experience a little of their daily life. In one of
the days, it was raining a lot and we decided to go to an outdoor natural hot spring
nearby. It wasn’t very hot, again because it was natural, but it was nice and
relaxing. We had very fun and tasty dinners with Annika, Grétar and their lovely
1-year-old daughter.
It was
time to finish our way around the island. We drove then by a lovely landscape back
to Reykjavík, where we
spent two days with a Margarita! We again had very nice dinners and a lot of
fun. She cooked the famous Polish dumplins, what a delight!!
On our
last day, as farewell, we visited a nearby town, where we went for an one hour
hike up to a hot river. On the way we passed by a lot of white smoke, bubbling
lakes and mountains covered with moss that would grow where the hot steam
passed by! Some parts of the river were very hot, others a bit cold, but we
managed to find an intermediate temperature where we could take a nice hot
bath!! And what a bath!! What a delight to stay so comfortably outside and
enjoy that wonderful landscape! After nearly one hour cooking on those amazing
waters, we went down the mountains felling nice and warm in the almost 0
degrees. On the next day it was time to move on! We drove to the airport at
9:20 in the morning with the sun rising, exactly one hour later than two weeks
before, amazing!
Ah! This
country will be missed! What a wonderful experience! We learned so much about its
history and traditions, not even mentioning the opportunity to see such beauty.
We can say that we are different people after this trip, or at least unpleasant
smells became a good thing, because it means wonderful landscapes around!!
Well, the good side of leaving is that the end of Iceland is the start of
Morocco, our next destination! =)
As usual, wonderful pictures and your description of the country makes me feel like I was traveling with you... I am glad that you had some time to relax a little before you continue on towards home..... don't forget that you have 2 homes though!!!!!
ReplyDeleteLove you both, thank you for the birthday call, it was great to catch up with you.
Hugs!
REALMENTE DEVE SER TUDO SENSACIONAL.AS FOTOS SÃO LINDAS.MAS VOCÊS GOSTAM DE VIVER PERIGOSAMENTE
ReplyDelete.QUE SEJAM SEMPRE ABENÇOADOS E PROTEGIDOS POR DEUS.BEIJOS VÓ E VÔ