Napoli, Italy

Monday, January 28, 2013

História, comida e diversão: Itália! / History, food and fun: Italy!


A tão esperada Itália não podia ser diferente do que foi. Apesar do tempo feio durante praticamente toda a nossa estada, foi tudo maravilhoso! A comida é absolutamente fantástica! O licor de limão, as azeitonas, o café! Tudo muito bom!
Nós pegamos um ferry de Bar, em Montenegro, para Bari, uma cidade pouco turística e famosa pela sua focaccia! Nós ficamos com o Roberto e a Rosa, um casal muito legal que nos recebeu muito bem! Nós jogamos diferente jogos juntos, dentre eles um com o baralho italiano, que no Brasil nós chamamos de espanhol! Andamos bastante pelo centro da cidade que tinha um ar autêntico italiano,  com construções antigas e tradicionais, ruas estreitas e pessoas vendendo massas artesanais em pequenas casas. Nós nos sentimos dentro de um filme! Comemos também deliciosas focaccias, que no primeiro dia chamamos de pizza! Mas depois de algum tempo no país percebemos que não é a mesma coisa, já que a massa é diferente e mais grossa e não tem muito molho de tomate, mas tomates inteiros em cima. Claro que, fora da Itália, parece uma pizza, mas é uma focaccia! E que delícia!
Nós seguimos então para Eboli, uma cidade muito pequena próxima a Napoli. Aqui nós ficamos com a belga Stephanie e o italiano Mimmo. Estava frio e choveu bastante, mas mesmo assim foi o máximo! Eles nos mostraram a cidade, nos contaram um pouco sobre ela e nos levaram em restaurantes inacreditáveis, onde comemos as melhores massas da nossa vida! E é verdade! Pedimos um prato de cada tipo. É muito difícil lembrar o nome das massas já elas são infinitas e a probabilidade de errarmos também seria altíssima então nem vamos tentar. Mas elas eram muito gostosas, macias e com molhos deliciosos. Era uma com molho de tomate, outra com molho de cogumelo, outra com cogumelo e tomate e uma com tomate e salsicha. Tudo parece muito simples, mas não é, já que nunca comemos algo tão saboroso na vida! Todos os pratos, apesar de molhos semelhantes, eram muito diferentes, mas igualmente deliciosos!
Nós fomos a uma pizzaria a lenha muito simples em um outro dia, mas novamente uma delícia! Tinha uma cozinha onde várias mulheres preparavam as pizzas e as alinhavam em uma prancha de madeira, facilitando a colocação no enorme forno, onde mais de 100 pizzas eram feitas ao mesmo tempo! O negócio é familiar e já existe a gerações. As pizzas eram feitas por levas, onde as pessoas que chegam aguardam até que a próxima leva seja feita! E não demorava muito porque muitas pessoas apareciam a toda hora para pegar as suas pizzas! E isso era uma quarta-feira!!
Nós pegamos um ônibus de Eboli para passar o dia na famosa Napoli. A cidade é muito movimentada e o centro tem ruas estreitas com infinitos comércios. Nós pudemos avistar as famosas ruas onde o varal de roupas é estendido entre as sacadas dos apartamentos. Os artesãos locais fazem trabalhos maravilhosos. E advinha qual foi o ponto alto da cidade? A pizza!!!! É claro! Aqui foi onde a pizza nasceu e ainda hoje é feita com qualidade impecável! Que delícia! É até difícil de explicar o que faz essa pizza tão especial, já que é simples, apenas a massa, com mozzarella e molho de tomate. Mas que massa, que mozzarella e que molho de tomate! Eles usam a mozzarella fresca para a pizza e fresca significa feita no mesmo dia!!!
No final do dia voltamos para Eboli para mais um delicioso jantar com a Stephanie e o Mimmo com muitas mozzarellas frescas. Eles nos explicaram que esta é a região da Itália onde são feitas as melhores e mais frescas mozzarellas. O termo mozzarella vem do verbo “mozzare”, que em italiano significa torcer. Foi muito legal participar da rotina da família naquela cidade tão pequena. Eles nos mostraram um pouco do folclore da região de Napoli, o que foi muito muito engraçado!
            Era hora se seguir para a incrível Roma, onde passamos 3 dias. Que cidade grandiosa, literalmente! Só andar pelas ruas e apreciar a arquitetura já foi o máximo! Nós ficamos com o Francesco e mais uma vez foi muito bom jantar com ele, conversar sobre a Itália. Ele nos mostrou lugares maravilhosos e não tão turísticos em Roma, dentre eles a fechadura de uma porta no alto de uma montanha de onde podia-se avistar a Basílica de São Pedro no Vaticano! Incrível!
Nós passamos alguns dias em Fara in Sabina, uma cidade bem pequena perto de Roma, onde ficamos em uma fazenda com o Francesco (mesmo nome, mas outra pessoa). Lá, ele nos mostrou a maior árvore de oliva da Europa!
Novamente pegamos um tempo muito feio e estava frio, então não pudemos fazer muitas atividades do lado de fora. Mas foi muito interessante ver o estilo de vida do Francesco e participar de alguns eventos locais, dentre eles um campeonato de buraco!!! É um jogo de cartas muito parecido com o que nós conhecemos no Brasil, com poucas regras diferentes. Nós ficamos em 11º lugar, sendo que tinham 14 participantes!! Mas foi muito divertido. Um intensivo de italiano, já que ninguém falava inglês. Qual seria a probabilidade de um turista estar ali naquele lugar com todas aquelas pessoas locais e tão simpáticas? Essa é a maravilha do couchsurfing.
Seguimos então para Barga, outra cidade pequena na região da toscana. Novamente o tempo não estava bom e nevava muito, mas mesmo assim passeamos pela cidade e foi interessante andar pela feira local e ver todas aquelas pessoas comprando presunto cru, queijos e mozzarella. Nós ficamos com a Laura e a sua querida mãe, jantamos juntos e nos divertimos bastante. A Laura fica em Barga nos finais de semana e mora em Pisa durante a semana, já que ela estuda lá. Então nós passamos nossos últimos dois dias em Pisa com ela! Pisa é uma cidade pequena e famosa pela torre inclinada. É uma construção maravilhosa no meio de muitas outras lindas construções e está realmente bem inclinada, mas segura no momento. A Laura faz arquitetura e engenharia civil e nos explicou que o problema com a torre não é da construção, mas do solo onde foi construída, que é movediço.
Nós apreciamos a arquitetura e o charme da cidade e principalmente nossos jantares com a Laura, seu namorado e seus amigos. Eles nos contaram muita coisa interessante, principalmente sobre a culinária italiana. Aqui não se pode fazer combinações malucas entre massas e molhos. Cada molho requer um tipo específico de massa. Não existe espaguete a bolonhesa, por exemplo, é tagliatelle a bolonhesa, necessariamente!!! Outra coisa interessante é que o famoso molho pesto vem do verbo “pestare”, que em italiano e significa amassar com o pilão.
E novamente nossa visita chega ao fim! Visitar a Itália, mesmo com o tempo ruim, foi tão maravilhoso quanto esperávamos! Que país único! Além de toda a história, é cheio de cultura e tradições. As refeições são muito importantes e eles tem uma cultura de comida realmente muito forte. No supermercado é difícil encontrar produtos de baixa qualidade. Até os vinhos mais baratos são uma delícia! E o que os italianos consideram baixa qualidade, para nós é muito melhor do que estamos acostumados. As grandes cadeias de fast food também não tem um mercado tão grande aqui. Não existe Starbucks, por exemplo, e são poucos os McDonalds.
Nós pegamos então um voo para a Alemanha, onde sobrevoamos paisagens lindas! Montanhas incríveis cobertas de neve com muitos lagos e rios azul turquesa. Talvez os Alpes? Provável. Ficamos apenas dois dias com a Sarah e seu filho. Matamos um pouco da saudade da organização, da facilidade de transporte, da culinária, da deliciosa cerveja, do pão e das maravilhosas conversas com pessoas que parecem que nos entendem tão bem!! Que delícia estar em um lugar onde tudo funciona tão bem de novo! Mas a passagem foi bem curta desta vez. De lá voamos de novo. Próximo destino: Advinha!! =)

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The long-awaited Italy could not be any different than it was. Despite the ugly weather during almost our entire stay, everything was wonderful! The food is absolutely fantastic! The lemon liqueur, the olives, the coffee! All so good!
We took a ferry from Bar, Montenegro to Bari, a little not so touristic city famous for its focaccia! We stayed with Roberto and Rosa, a very nice couple that received us so well! We play different games together, including one with the Italian cards, that in Brazil we call Spanish! We walked a lot around the city, which had an authentic Italian atmosphere, with old buildings, traditional narrow streets and people selling handmade pasta in small houses. We felt inside a movie! We also ate delicious focaccias, which in the first day we called pizza! But after some time in the country we realized that it is not the same thing, since the focaccia dough is different and thicker and it doesn’t have much tomato sauce, but whole tomatoes instead. Of course, outside of Italy, it looks like a pizza, but it's a focaccia! And what a delight!
We followed then to Eboli, a very small town near Naples. Here we stayed with the Belgian Stephanie and the Italian Mimmo. It was cold and rained a lot, but it was absolutely great! They showed us the city, told us a little about it and led us into incredible restaurants, where we ate the best pasta of our lives! And it's true! We asked for a plate of each type. It is very difficult to remember the name of the pastas, since they are infinite and there’s also a very high chance of making a mistake, so we won’t even try. But they were very tasty, soft and with delicious sauces. There was one with tomato sauce, other with mushroom sauce, one with mushroom and tomato and one with tomato and sausage. Everything seems very simple, but it is not, since we never ate something so tasty in our lives! All dishes and sauces, although similar, were very different, but equally delicious!
We went to a very simple wood pizzeria on another day, but again a delight! It had a kitchen where several women were preparing the pizzas and lining them up on a wooden plank, facilitating placement in the huge oven, where more than 100 pizzas were made at the same time! The business is family run and has been around for generations. The pizzas were made by batches, where people arriving would wait until the next batch is done! And it wouldn’t take long, because so many people showed up at all times to get their pizzas! Oh, and it was a wednesday!
We took a bus from Eboli to spend the day at the famous Napoli. The city center is very busy and has narrow streets with endless shops. We could spot the famous streets where the clothesline is strung between the apartment’s balconies. Local craftsmen were making wonderful works. And guess what was the high point of the city? The pizza!! Of course! This is where pizza was born and it is still made with impeccable quality! What a delight! It is even difficult to explain what makes this pizza so special, since it is so simple, just the dough with mozzarella and tomato sauce. But what a dough, what a mozzarella and what a tomato sauce! They use fresh mozzarella for pizza and fresh means done the same day!!
At the end of the day we returned to Eboli for another delicious dinner with Stephanie and Mimmo with many fresh mozzarellas. They explained to us that this is the region of Italy where are made the best and freshest mozzarellas. The term mozzarella comes from the verb "mozzare" which in Italian means twisting. It was really cool to participate of the family routine on that so small town. They also showed us a bit of the folklore in the region of Naples, which was very very funny!
It was time to go to the incredible Rome, where we spent 3 days. What a great city, literally! Just to walk the streets and enjoy the architecture was amazing! We stayed with Francesco and once again we had very good dinners with him talking about Italy. He showed us wonderful and not so touristic places in Rome, among them the lock of a door at the top of a hill through which you could admire the Basilica of St. Pietro in the Vatican! Incredible!
We spent a few days in Fara in Sabina, a very small town near Rome, where we stayed on a farm with Francesco (same name, but different person). There, he showed us the largest olive tree in Europe!
Again we got a very ugly weather and it was cold, so we could not do many outside activities. But it was very interesting to see Francesco’s lifestyle and attend some local events, including a BURACO championship!! It is a very interesting card game! We were in the 11th place, and it had 14 participants! But it was really fun. It was also an intensive of Italian language, since no one spoke English! What would be the likelihood of, as a tourist, being in that place with all those so nice people? That's the wonder of couchsurfing!
We then went to Barga, another small town in the Tuscan region. Again the weather was not good and it snowed a lot, but even so we strolled through town and it was interesting to walk around the local market and see all those people buying prosciutto and mozzarella cheese. We stayed with Laura and her lovely mother, had great dinners and enjoyed our time together. Laura stays in Barga on weekends and lives in Pisa during the week, as she studies there. So we spent our last two days in Pisa with her! Pisa is a small town and famous for it’s leaning tower. It's a wonderful building in the middle of many other beautiful buildings and it is really well inclined, but safe at the moment. Laura studies architecture and civil engineering, and explained us that the problem with the tower is not with the building, but with the ground on which it was built, that is loose.
We appreciated the architecture and charm of the city and especially our dinner with Laura, her boyfriend and his friends. They told us many interesting things, especially about Italian cuisine. Here you can’t do crazy combinations between pasta and sauces. Each sauce requires a specific kind of pasta. There isn’t spaghetti bolognese, for example, it’s tagliatelle bolognese, necessarily!! Another interesting thing is that the famous pesto sauce comes from the verb "pestare" which in Italian means to pestle.
And again our visit comes to an end! To visit Italy, even with the bad weather, was as wonderful as expected! What a unique country! Besides the whole history, it is full of culture and traditions. The meals are very important and they have a really strong food culture. In the supermarket it’s difficult to find low quality products. Even the cheapest wines are very good! And what Italians consider low quality is, for us, much better than what we are used to. Major fast food chains do not have such a big market here. There is no Starbucks, for example, and there are very few McDonalds.
We then took a flight to Germany, where we flew over beautiful landscapes! Awesome snow capped mountains with many turquoise lakes and rivers. Perhaps the Alps? Probable. We stayed for only two days with Sarah and her son. We were missing all this organization, the great transportation system, the cuisine, the delicious beer, the bread and the wonderful conversations with people who seem to understand us so well! What a delight to be in a place where everything works so well again! But we stayed for a very short period this time. From there we flew again. Next destination: Guess! =)












Sunday, January 20, 2013

Um pouco dos Balcãs! / A little of the Balkans!


* Keep going down for english! =)

Nós decidimos ir da Turquia até a Itália por terra, com isso nós passamos 5 dias na Bulgária e 2 dias na Macedonia e 7 dias em Montenegro. As estadias foram curtas, já que estávamos só de passagem, mas muito interessantes!
Em Sofia, na Bulgária, nós passamos os primeiros dois dias com o Veselin e sua família. Eles foram incrivelmente legais, nos apresentaram um pouco da culinária e nos contaram muitas coisas sobre o país! Nós passeamos pelo centro da cidade que tinha um ar bonito e frio de inverno. Estava cerca de 0 graus, por isso nos agasalhamos bastante! As árvores sem folhas, a arquitetura acinzentada e as ruas enfeitadas para o Natal deixaram tudo com um ar mágico!
No caminho, achamos uma feirinha de natal alemã! Cantores muito talentosos reuniam pessoas a sua volta atraídas pelas lindíssimas canções natalinas. Como ela estava acontecendo do lado de fora, não aguantamos ficar muito, mas entrar em um café e tomar um chá foi maravilhoso! No final do dia jantamos com o Veselin e sua família, enquanto conversávamos sobre muitos diferentes assuntos. Estar ali, na Bulgária, jantando com uma família local foi realmente sem preço. Ah! Depois do jantar fizemos uma coisa que não fazíamos a muito tempo: Fomos ao cinema!! Algo melhor em um dia frio de inverno?
Outro dia, o Veselin nos levou à um spa de águas termais, localizado em uma região montanhosa belíssima perto de Sofia. A estrada até lá foi coberta de neve e esplêndida! Nós conversamos bastante sobre a vida na Bulgária e no Brasil, cozinhamos e nos divertimos juntos. Foi tudo muito relaxante!
Era dia 24 de dezembro e o Veselin ia viajar para passar o natal com a família, por isso nós nos mudamos para a casa da Polina, do Victor e do seu lindo filho de 4 anos chamado Sasha. Nós a ajudamos a cozinhar durante o dia e experimentamos as suas delícias ao final. E que delícias! Outra boa amostra da culinária búlgara, com um toque Russo! Nós aproveitamos o clima bem típico do natal e passamos o dia 25 com a família da Polina. Participamos da comilança e assistimos a troca de presentes. O sentimento de estar vivenciando algo tão familiar em uma terra tão distante é indescritível!
Em um dia de sol, nós visitamos uma estação de esqui próxima, de onde podia-se avistar Sofia ao horizonte. Realmente um espetáculo! Tomamos uma sopa para esquentar, enquanto aproveitávamos o visual. Tivemos deliciosos jantares e conversas na companhia da Polina e do Victor.
Seguimos caminho em direção a Macedônia, onde ficamos apenas 2 noites em Skopje. Infelizmente pegamos dias muito feios e não pudemos aproveitar muito. O nevoeiro estava baixo e o frio fazia o lado de fora desconfortável. Mas mesmo assim andamos pelo centro e passamos por uns monumentos bonitos, dentre eles a estátua do Alexandre o grande!
            Pegamos um ônibus então para Podgorica, em Montenegro, onde ficamos com o Danilo. Ele e sua querida mãe nos receberam muito bem! Os dias estavam lindos desta vez e ele nos levou em magníficas caminhadas pelas montanhas. Que lugar lindo! As formações, as ruínas, as típicas árvores de natal e o vinho local, que maravilha! No final do dia nós retornávamos à casa, onde jantávamos deliciosos pratos preparados pela sua mãe.
            Seguimos então para uma pequena cidade no litoral do país, chamada Budva. Podia-se perceber o quão turística ela é no verão, entretanto, tinha ares de cidade fantasma durante o inverno. Exageros a parte, a cidade é muito charmosa e bonita. As enormes montanhas do país terminavam muito perto do mar, e a cidade era localizada exatamente neste pequeno pedaço de terra plana entre a montanha e a água! Muitos iates de todos os tamanhos estavam ancorados em frente ao, muito bem conservado, centro histórico.
            Andar por aquela parte histórica foi gostoso e premiado com um lindos dias de sol e a vista do belíssimo mar Adriático e suas águas azuis esverdeadas que faziam contraste com as montanhas rochosas próximas da costa.
            Os últimos dias em Montenegro foram de muitas pesquisas e horas em frente ao computador, planejando o nosso próximo destino, a tão aguardada Itália! =)

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We decided to go from Turkey to Italy by land, thus we spent 5 days in Bulgaria, 2 days in Macedonia and 7 days in Montenegro. The stays were short, since we were passing through but also very interesting!
In Sofia, Bulgaria, we spent the first two days with Veselin and his family. They were incredibly nice, introduced us to a bit of the local culinary and told us many things about the country! We walked through downtown, which had a beautiful and cold winter air. It was about 0 degrees, so we dressed as warm as we could! The trees without leaves, the grayish impressive architecture and streets adorned for Christmas gave it a magical atmosphere!
On the way through the city we found a German Christmas fair! Very talented singers gathered people around attracted by the beautiful Christmas songs. As it was going on outside, we couldn’t stay for long, but going into a cafe and having a cup of tea was wonderful! At the end of the day we dined with Veselin and his family, as we talked about many different subjects. Being there, in Bulgaria, having dinner with a local family was really something. Ah! After dinner we did something that we had not done for a long time: we went to the movie theater! What can be better on a cold winter day?
On another time, Veselin took us to a thermal springs spa, located in a beautiful mountainous region near Sofia. The road was covered with snow, which made the ride scrumptious! We talked a lot about life in Bulgaria and in Brazil, cooked and had fun together. It was all very relaxing!
It was December 24 and Veselin would go traveling to spend Christmas with his family, so we stayed with Polina, Victor and their beautiful 4 year old son named Sasha. We helped Polina to cook during the day and tasted her delights at the end. And what a delight! Another great experience of Bulgarian cuisine, with a Russian touch this time! We enjoyed the very typical Christmas atmosphere and spent the 25th with Polina’s family. We participated in the delicious lunch and watched the gifts exchange. The feeling of living something so familiar in a so far away land is hard to describe!
On a sunny day, we visited a ski resort nearby where we could spot Sofia in the horizon. Quite a spectacle! We had a hot soup, while enjoying the visual. It was fun to have many delicious dinners and nice conversations in the company of Polina and Victor.
We followed the path towards Macedonia, where we stayed only 2 nights in Skopje. Unfortunately we got a very bad weather and could not enjoy it much. The fog was low and the cold made it uncomfortable to be outside. But we still walked through the center and passed some beautiful monuments, including the statue of Alexander the Great!
We then took a bus to Podgorica in Montenegro, where we stayed with Danilo. He and his lovely mother received us very well! The days were beautiful this time and he led us to magnificent mountain hikes. What a beautiful place! The formations, the ruins, the typical Christmas trees and the local wine, how wonderful! At the end of the days we returned to the house, where we dined delicious dishes prepared by his mother.
After that we went to a small town on the coast called Budva. We could see it’s very touristic in the summer, however, it looked like a ghost town during the winter. Exaggerations aside, the city is very charming and beautiful. The stunning mountains of the country ended very near the sea, and the city was located exactly at this small piece of flat land between the hills and the water! Many yachts of all sizes were moored opposite the very well preserved historical center.
Walking through that historical part was awarded with beautiful sunny days and gorgeous views of the Adriatic Sea and its greenish blue waters that contrasted with the rocky mountains near the coast.
The last days in Montenegro included a lot of research and hours in front of the computer planning our next destination, the long awaited and very much expected Italia! =)

Sofia
Pedro & Veselin
View from the ski station in Sofia 
Podgorica
Podgorica
Podgorica
Budva

Thursday, January 3, 2013

A ilha de Chipre / The island of Cyprus


* Keep going down for english! =)

A ilha de Chipre é dividida entre o lado turco e o lado grego. Nós começamos a nossa viagem pelo lado turco, que, pela nossa pequena percepção, foi bem parecido com a Turquia. Muitos turcos moram lá e os costumes pareceram similares.
Algumas pessoas tentaram nos explicar a divisão da ilha, mas a situação atual nos pareceu bastante complicada, então nem tentarei explicar detalhes aqui. Mas uma imagem nos chamou atenção. No território entre os dois lados havia uma pichação que dizia o seguinte: “Ilusão! Nós queremos viver juntos!”. É possível e provável que esta seja apenas uma das opiniões, mas nos fez pensar que o problema talvez seja mais político do que uma real vontade dos povos. Mas isso é apenas uma reflexão.
De qualquer forma, foi muito interessante ver a diferença entre os lados. Nós chegamos pelo lado turco, onde ficamos em Famagusta com o turco Kusem, um universitário que nos recebeu muito bem e nos deu bastante informações sobre a ilha. Nós visitamos a parte histórica e pegamos carona até uma cidade abandonada alguns quilômetros dali que continha ruínas de muitas épocas. As mais preservadas remetiam ao império romano, mas algumas partes tinham mais de 3.000 anos.
Em Famagusta nós andamos bastante e em uma de nossas caminhadas na praia nos deparamos com uma área cercada que ia até o mar. Era o início da área abandonada entre os dois lados, agora apenas com ocupação militar. O Kusem contou que esta área está assim desde 1974 e que a situação não vai ser resolvida em breve, ele disse também que se quisesse visitar a parte sul da ilha, teria que voar para a Grécia e depois para lá, já que, sendo turco, ele não tem permissão para cruzar a fronteira.
Bom, felizmente nós temos a permissão de seguir de cruzar para o lado grego e assim o fizemos. Chegando lá, percebemos uma significativa diferença, desde a alteração no idioma até o maior movimento de pessoas e comércio, talvez por este lado pertencer à União Europeia.
Nós fomos então ao terminal de ônibus, de onde seguiríamos direto para Limassol, uma cidade bem turística na beira do mar. Quando o primeiro ônibus chegou, nós colocamos as mochilas no bagageiro e entramos, mas nós tínhamos esquecido que tínhamos apenas uma nota de 100 euros. Quando o cobrador viu, nós fomos literalmente expulsos do ônibus aos berros! Bom, nós trocamos o dinheiro e pegamos o próximo ônibus duas horas depois. A parte boa é que neste meio tempo nós experimentamos um kebab grego delicioso!
O motorista do novo ônibus nos divertiu durante todo o trajeto. Ele parecia muito legal, mas era muito grosso, uma mistura que até nos confundia. Ele gritava com todos os passageiros e reclamava principalmente quando eles esqueciam de pegar o troco! Quase chegando no destino ele começou a cantar uma música junto com a rádio, muito alto!!
Em Limassol nós ficamos com o Robert, um inglês que estava morando lá fazia pouco. Ele tinha viajado muito e tinha muitas estórias para contar, dentre elas a sua experiência como dono de uma casa noturna em Salvador. Ele disse que não foi fácil e que problemas como o excesso de burocracia e a desorganização do país o fizeram desistir. Foi interessante conversar com ele sobre o Brasil, já que ele é um dos poucos estrangeiros que não apenas morou lá, mas, tendo um negócio, vivenciou os reais problemas de um cidadão brasileiro. Até o momento as pessoas que conhecemos tem nos falado apenas coisas boas sobre o Brasil e tem sido até difícil explicar que não é bem assim, as argumentações são infindáveis! Isto tem sido tão constante que nós chegamos até a pensar que não conhecíamos o Brasil muito bem ou que estávamos loucos. Bom, foi interessante conversar com o Robert e descobrir que nós estamos muito sãos, infelizmente.
Nossa passagem por Limassol foi interessante. A cidade é muito turística com um clima de praia muito relaxante. Como era baixa temporada, as ruas estavam bem vazias e foi legal explorar os restaurantes locais. Nós alugamos um carro com o Robert, passeamos por outras pequenas cidades e fomos até o alto de uma montanha no centro da ilha ver a vista. Foi tudo muito divertido, a ilha tem realmente uma beleza natural incrível.
Seguimos depois para Larnaca, onde ficamos com o Nicolas. Ele nos deu muitas dicas de pequenos restaurantes locais e nós experimentamos os mais deliciosos kebabs!!! Conversamos bastante e ele nos contou muita coisa sobre o país! Acho que nunca vamos deixar de achar muitíssimo interessante as conversas com os locais!!
Nosso último destino em Chipre foi a capital Nicosia, onde ficamos com a Gatienne e sua família. Que experiência legal! Ela é francesa e tem um restaurante francês na cidade. Foi legal conversar e ouvir dicas sobre o gerenciamento de um restaurante. E as crianças eram inacreditáveis! A Nikita tinha 12 anos, o Anise 9 e a Saba 5! Eles eram tão responsáveis e tão inteligentes, o tipo de criança que nos faz querer ter filhos amanhã!! Todos falavam inglês, francês e grego, eram muito interessados em tudo e conversavam sobre todos os assuntos. Enquanto falávamos sobre os problemas recentes do Egito, o Anise concordou e ainda citou um exemplo de um amigo dele que tinha visitado o país. Todos sabem cozinhar e gostam. O prato preferido do Anise é sopa de moluscos e da Nikita salada verde. É ou não é o sonho de todos os pais? Nós brincamos com seus patins, desenhamos e jogamos banco imobiliário. Foi muito legal mesmo!
Bom, era hora de nos despedir, já que a nossa curta passagem pelo país chegava ao fim. Próximo destino: Os Balcãs!

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Cyprus is divided between the Turkish and the Greek side. We started our trip by the Turkish side, which, by our little perception, was much like Turkey. Many Turks live there and the traditions seemed similar.
Some people tried to explain us the division of the island, but the current situation seemed quite complicated, so we won’t even try to explain the details here. But an image called our attention. That was a graffiti in the military area between the two sides that said: "Illusion! We want to live together!" It is possible and likely that this is just one of the many different opinions, but it made us think that the problem may be more political than the real will of the people. But that's just a reflection.
Anyway, it was quite interesting to see the difference between the sides. We arrived in the Turkish side, where we stayed in Famagusta with the Turkish Kusem, a college student who received us very well and gave us a lot of information about the island. We visited the historical walled town and got a ride to a ruined ancient city a few miles away that contained remains of many ages. The best preserved remitted to the Roman Empire, but some parts were over 3,000 years old.
In Famagusta we wandered around a lot and in one of our walks on the beach we came to a blocked area by the sea. It was the beginning of the abandoned area between the two sides, now only with military occupation. Kusem told us this area is like that since 1974 and that the situation will not be solved anytime soon, he also said that if he wanted to visit the southern part of the island, he would have to fly to Greece and then there, since, being a Turkish, he is not allowed to cross the border.
Well, fortunately we have the permission to cross to the Greek side and so we did. Arriving there, we noticed a significant difference from the change in the language to the greater movement of people and businesses, perhaps this happens because this side belongs to the European Union.
We then went to the bus terminal, from where we would go straight to Limassol, a touristic city by the sea. When the first bus arrived, we put the backpacks in the trunk and got inside, but we had forgotten we only had a 100 euro note. When the driver saw it, we were literally thrown out of the bus! Well, we exchanged the money and took the next bus two hours later. The good part is that in the meantime we had a delicious Greek kebab!
The bus driver entertained us all the way. He seemed pretty cool, but he was also quite rude to some people, a mix that confused us. He screamed with all passengers and complained especially when they forgot to get  the change back! Almost reaching the destination he began to sing a song along with the radio, very very loud!
In Limassol we stayed with Robert, an English man who was living there. He had traveled widely and had many stories to tell, among them his experience as owner of a nightclub in Salvador/Brazil. He said it was not easy and that problems such as the excessive bureaucracy and the disorganization of the country made him quit. It was interesting talking to him about Brazil, as it is one of the few foreigners who not only lived there, but, having a business, experienced the real problems of a Brazilian citizen. So far the people we know have spoken only good things about Brazil and it has been difficult to explain it’s not quite like that, the arguments are endless! This has been happening so often that we came to think that maybe we did not know Brazil very well or we might be getting crazy. Well, it was interesting to talk to Robert and find out that we are very sane, unfortunately.
Our passage through Limassol was interesting. It’s a very touristic beach town with a very relaxing atmosphere. As it was low season, the streets were empty and it was very nice to explore the local restaurants. We rented a car with Robert to tour other small cities and went up to the top of a mountain in the center of the island to see the view. It was all very nice. The island has a really incredible natural beauty.
We went then to Larnaca, where we stayed with the Cypriot Nicolas. He gave us many tips of small local restaurants and we experienced the most delicious kebabs!! We talked a lot and he told us many things about the country! I guess we will never fail to find very interesting the conversations with locals!
Our last destination was the capital, Nicosia, where we stayed with Gatienne and her family. What a cool experience! She is French and has a French restaurant in town. It was nice to talk and hear some tips on how to manage a restaurant. And the kids were unbelievable! Nikita was 12 years old, Anise 9 and Saba 5! They were so responsible and so smart, the kind of kid that makes us want to have children tomorrow! They all spoke English, French and Greek, were very interested in everything and talked about all subjects. While were talking about the recent problems of Egypt, Anise agreed and even cited an example of a friend of his who had visited the country recently. Everyone knows and likes cooking. Anise’s favorite dish is shellfish soup and Nikita’s is green salad. Isn’t it the dream of every parent? We played with their skates, drew and played Monopoly. It was really cool!
Well, it was time to say goodbye, as our short passage through the country came to an end. Next destination: The Balkans!